Paulo Ricardo - 1989
Paulo Ricardo e RPM - 1993
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O RPM, acabou pela primeira vez em 1988 depois do deplorável disco “Quatro Coiotes” (tenho o vinil original em casa), Neste álbum não há uma canção que lembre minimamente o que foi o RPM dos discos “Revoluções Por Minuto” e “Rádio Pirata”.
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Em 1989 Paulo Ricardo se lança em carreira solo num excelente disco de pop-rock. O disco tem 10 canções e é muito bom. Existem alí boas letras, bons arranjos e um disco que consegue ser agradável do início ao fim, embora não tenha alcançado sucesso comercial relevante na época. Em 1989 foi, talvez, o último ano de sucesso de Rock nacional, depois se seguiram as febres da lambada e depois do sertanejo-brega (que queda de qualidade, hein?).
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Mas o disco é classe “A”. Tem excelente canções como “A um passo da eternidade” (a única que tocou muito nas rádios), “Indo e vindo” (uma pegada blues muito boa), as baladas “Sem mim” e “Nas rochas”, “A fina poeira no ar” (com Rita Lee), os bons rocks “Canções e Revoluções”, “A arte de fazer amor” e “Viver por viver”, além da excelente “O Nylon e o Marfim”.
Fora do RPM os arranjos das músicas de Paulo Ricardo ficam bem melhores,
o excesso de teclados de Luiz Schiavon muitas vezes estragavam as
músicas. Neste disco os arranjos são bem elaborados e tem como base a
guitarra e violão de Fernando Deluqui, que continuou com Paulo Ricardo
após o fim do RPM como seu “fiel escudeiro”. Um disco muito bom, vale
cada um dos 45 minutos de duração. Nota 9,0
PAULO RICARDO E RPM - 1993
PAULO RICARDO E RPM - 1993
Depois de um segundo disco solo (Psico-Trópico) muito fraco, onde só o que prestava era capa, Paulo Ricardo junta-se a Fernando Deluqui e ressucita o RPM em 1993. O novo disco seria lançado com o nome do RPM, porém Luiz Schiavon entrou na justiça, e então o álbum foi lançado com o nome Paulo Ricardo & RPM. Não conta com a presença do tecladista e compositor Luiz Schiavon e do baterista Paulo P.A. Pagni (ambos da formação original da banda).
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O disco também é muito bom, com as guitarras de Deluqui dando as ordens e
Paulo Ricardo voltando a escrever boas letras num disco de rock pesado
mas sem exageros. São doze músicas bem trabalhadas e bem produzidas, com
bons solos de guitarra, o álbum escorrega em poucos momentos e
consegue ser muito bom.
Existem excelentes canções alí como “Gênese” (uma letra genial e um arranjo muito bom, tema da novela global Olho Por Olho), “O fim”, “Virus” (minha preferida), “Perola”, ‘Falsos Oasis”. O disco escorrega apenas em “Outro lado” e em “Hora do Brasil” (uma letra que causa vergonha alheia de tão ruim), além de um certo exagero nas interpretações de Paulo Ricardo.
Existem excelentes canções alí como “Gênese” (uma letra genial e um arranjo muito bom, tema da novela global Olho Por Olho), “O fim”, “Virus” (minha preferida), “Perola”, ‘Falsos Oasis”. O disco escorrega apenas em “Outro lado” e em “Hora do Brasil” (uma letra que causa vergonha alheia de tão ruim), além de um certo exagero nas interpretações de Paulo Ricardo.
Gênese:
"Não pretendo esperar, não entendo o que há
O que acontece com essa gente devagar
Não espero chegar eu não quero passar
Pela vida como quem tem que se desculpar"
.O que acontece com essa gente devagar
Não espero chegar eu não quero passar
Pela vida como quem tem que se desculpar"
Mas o álbum sobrevive a isso e consegue ser muito bom. Nota 9,0.
O problema é que o álbum não vendeu nada na época, além do sertanejo em 1993 a axé music começa a invasão as rádios e aos programas de TV. Impossiblitado de concorrer diante da indiferença da grande mídia o disco “Paulo Ricardo e RPM” hoje é esquecido até pelos próprios integrantes da banda, que se recusam a tocar músicas deste dele nas turnês atuais.
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São dois álbuns muito bons, vale uma busca por um download
Por: Mário Júnior
Publicado originalmente em http://www.desacordomoral.blogspot.com.br/