segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Superando o preconceito e a discriminação em sala de aula



         

                                                                                                                                 Prof. Edson Pereira
INTRODUÇÃO
                         Nosso texto tem como objetivo contribuir para que em nossos espaços pedagógicos e escolares o preconceito e discriminação sejam suplantados ou pelo menos reprimidos. Por isso, em primeiro lugar, abordaremos as raízes e efeitos históricos e socioculturais que em nossa compreenção é fundametal para análise deste problema.Em segundo lugar, apresentaremos algumas propostas que consideramos essênciais para superar o preconceito e a discriminação em sala de aula.

I. Raízes e efeitos históricos e socioculturais
                           O problema da discriminação e do preconceito nos espaços escolares refletem a construção histórica como também sociocultural esteriotipadas e conceituadas pela cultura dominante. Conhecer como se deu esse processo é passo fundamental para indentificarmos a origem deste problema e a partir daí refletir criticamente nos espaços escolares ( SILVA; RAMPAZZO; PIASSA; 2010 p. 113).                   Na esteira do senso comum e da generalidade, a cultura dominante estabeleceu regras, normas, valores que de tão “normais” e “verdadeiros” tornaram-se inquestionáveis. Então grupos ou segmentos da sociedade que não tinham os mesmos hábitos ou padrões foram marginalizados, destituidos e vitimados ( FARAONE;CARVALHO, 2010, p. 16).
                        Por consequinte, concebemos que determinados comportamentos e atitudes preconceituosas e discriminadoras de docentes como de discentes são efeitos históricos e socioculturais que infeslizmente moldaram a forma de idendificar e caractarerizar as pessoas.
                         Na sociedade e no espaço escolar foi se consolidando maneiras, interpretações, cosmovisões e ações com relação ao outro entre elas podemos citar: diferencialismo repressivo, igualitarismo abstrato, diferencialismo crítico, igualitarismo concreto, multiculturalismo reparador, folclorismo, reducionismo identitário, guetização cultural ( SILVA; RAMPAZZO; PIASSA, 2010 p. 21-23), entre outros.

II. Reflexão e ação no espaço escolar
                            Já que conhecemos as raízes e por isso os efeitos que deram origem as várias formas e maneiras de preconceitos e discriminações no espaço escolar, apresentaremos aos nossos (as) alunos (as) algumas propostas que serão fundamentais para discurssão do tema.
                            A primeira proposta se refere a o interculturalismo. O intercultaralismo permite o dialógo, a alteridade, dinamicidade e reforço dos relacionamentos de forma sadia. Valoriza e respeita a diferença que é peculiar de cada ser humano (SILVA; RAMPAZZO; PIASSA, op. cit. p. 24-25). Por isso o outro no espaço escolar tanto para nós professores (as) e alunos (as) é uma possibilidade de crescimento, apredizagem, solidariedade e complemento.
                          Nossa segunda proposta “é transformar a escola em um espaço de crítica cultural” (SILVA; RAMPAZZO; PIASSA, op. cit. p. 13). É no espaço escolar que nós professores (as) devemos refletir dialeticamente com os (as) discentes sobre as várias formas de discriminação e preconceitos. Buscar suas origens, quem está por trás delas, quais são seus objetivos, seus efeitos e consequências para sociedade e escola. Devemos neste momento propciar aos nossos (as) alunos (as) a oportunidade de analizar, questionar e julgar estes estereótipos que são introduzidos na sociedade e consequentemente no espaço escolar, responsavéis de condicionar e incentivar comportamentos e cosmovisões excludentes.
                           Além de propciar a reflexão, nós professores (as) precisamos ser mediadores (as) na construção do pensamento de nossos (as) alunos (as). Concientizá-los de que muitas de suas atitudes e ações preconceituosas, discriminadoras e opressoras resultam da generalidade e ações preconcebidas de uma cultura que impõe o que pode ser aceito e o que não pode ser aceito. 
                           Levar os (as) discentes a perceberem que estão presos a um sistema que tira e destroi o direito da pessoa humana e que estes (as) são apenas marionetes nas mãos desta cultura opressora. E que só através da reflexão crítica e da práxis podem se libertar. Sobre este aspecto da reflexão e da práxis como libertadora evocamos as palavras de Paulo Freire que sintetiza muito bem nossa reflexão: “Somente quando os oprimidos descobrem, nitidamente, o opressor, e se engajam na luta organizada por sua libertação, começam a crer em si mesmos, superando, assim, sua “conivência” com o regime opressor” (FREIRE, 1987, p. 29).
                          Terceira proposta, uma educação holística. Significa dizer que em nossos currículos além das informações e conteúdos que serão passados estes devem encarnar a realidade dos (as) alunos (as). A educação tem que atingir toda vida dos (as) discentes, influenciar seu comportamento em casa no trabalho, etc. Uma educação em que o (a) aluno (a) não é apenas conhecedor (a) da história, mas alguém que criticamente vivência, analisa e faz sua história tanto pessoal como também coletiva. Na consolidação de uma humanidade que respeite plenamente os direitos do outro. Estabelecendo a convivência pacífica, recíproca, solidária com as diferentes pessoas na sociedade e no espaço escolar.

Considerações finais
                          O prencoceito e a discriminação tem sua origem histórica e sociocultural. Criada basicamente por culturas dominantes que aliadas ao senso comum formaram um corpo doutrinário para regular a vida na sociedade. Aqueles (as) que não se amoldaram as sua ideologias foram marginalizados e excluídos. E infelizmente no espaço escolar é comum várias formas de discriminação e preconceito.
                          Por isso se faz necessário tomar medidades que procurem superar atitudes e comportamentos nos (as) alunos (as) que ferem a dignidade humana. Precisa haver nos espaços escolares a construção de diálogo, alteridade, valorização e respeito para com as diferentes pessoas. Para isso é indispensável que professores (as) e alunos (as) saibam distiguir, analizar e julgar criticamente as causas, razões e objetivos de certas formas de atitudes e comportamentos preconceituosos.
                          Os (As) discentes precisam ter uma visão de mundo integral em que os mesmos percebam que não estão alheios e passivos na história, mas que são agentes, transformadores e atualizadores da história. Formando pessoas solidárias, pacíficas e que sabem viver e respeitar as diferenças.

Referências
FARAONI, Alexandre; CARVALHO, Debora Cristina de. Sociologia, ensino médio: volume único. São Paulo: Edições SM, 2010. (Coleção ser protagonista).
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
SILVA, Samira Fayez Kfouri da; RAMPAZZO Sandra Regina dos Reis; PIASSA, Zuleika Aparecidade Claro. A ação docente e a diversidade humana: pedagogia. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.

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